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Câncer de Proposta

O câncer de próstata é o tipo de tumor mais comum em homens acima de 50 anos de idade, afetando 1 em cada 7 indivíduos ao longo da vida. Geralmente a neoplasia cresce lentamente ao longo dos anos sem causar sintomas nas fases iniciais. Quando precocemente detectado, ainda restrito à glândula prostática, apresenta maior chance de cura e por isso é tão importante a consulta anual com o urologista, mesmo em pessoas sem sintomas. Em 2022, são esperados mais de 60 mil novos casos de câncer de próstata além de mais de 15.000 mortes por esse tipo de tumor. 

O que é a próstata?

É uma glândula presente nos homens, localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, envolvendo a parte superior da uretra (canal por onde passa a urina). A próstata não é responsável pela ereção nem pelo orgasmo. Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides.

 

O que é o câncer de próstata?

As células são as menores partes do corpo humano. Durante toda a vida, as células se multiplicam, substituindo as mais antigas por novas. Mas, em alguns casos, pode acontecer um crescimento descontrolado de células, formando tumores que podem ser benignos ou câncer.

 

O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, pode crescer rapidamente, se espalhar para outros órgãos e causar a morte.

 

Quais os principais fatores de risco para o câncer de próstata?

O risco aumenta com a idade, sendo 60% dos tumores em pacientes acima de 65 anos. A cada década de vida, aumenta o risco desse tipo de tumor. Em homens mais jovens, quando diagnosticado, o câncer de próstata geralmente tem comportamento mais agressivo. Outros fatores de risco são:

  • Etnia: homens negros, além de terem maior incidência, o tumor tende a ter evolução mais rápida

  • Histórico familiar:

    • O risco é 3x maior quando há antecedente de câncer de próstata em familiar de primeiro grau

    • A mutação dos genes BRCA1 e BRCA2 aumenta o risco de câncer de mama e de próstata

  • Obesidade e sobrepeso: Estudos demonstram que homens acima do peso tem maior chance de câncer de próstata

 

Quais os sintomas do câncer de próstata?

É muito importante ressaltar que o câncer de próstata normalmente não apresenta sintomas em suas fases precoces. À medida que os homens envelhecem, a próstata pode ficar maior. Uma próstata maior pode bloquear o fluxo de urina da bexiga e causar problemas com a função sexual. Esta condição é chamada de hiperplasia prostática benigna (HPB). A HPB não é câncer, mas pode ser necessária cirurgia para corrigi-la. Os sintomas da HPB ou de outros problemas na próstata podem ser semelhantes aos sintomas do câncer de próstata. Esses e outros sinais e sintomas podem ser causados ​​pelo câncer de próstata ou por outras condições. Verifique com seu médico se você tiver algum dos seguintes:

 

Fluxo de urina fraco ou interrompido ("stop-and-go").

Vontade súbita de urinar.

Micção frequente (especialmente à noite).

Problemas ao iniciar o fluxo de urina.

Problemas para esvaziar completamente a bexiga.

Dor ou ardor ao urinar.

Sangue na urina ou sêmen.

Uma dor nas costas, quadris ou pélvis que não passa.

Falta de ar, sensação de muito cansaço, batimentos cardíacos acelerados, tonturas ou pele pálida causada por anemia

 

Rastreamento de câncer de próstata: o que é e quando começar?

O rastreamento é o método mais efetivo para diagnóstico precoce do câncer de próstata. Realizado através do exame de toque retal e da dosagem no sangue do antígeno prostático específico (PSA). O screening rotineiro permite o diagnóstico do tumor em sua forma inicial, antes mesmo de causar sintomas. A maioria das associações de urologia (AUA, EAU, SBU) orienta o início do rastreamento aos 50 anos. Pacientes em grupos de risco devem iniciar mais cedo, como indicado abaixo:

  • Histórico familiar de câncer de próstata: 45 anos

  • Afrodescendentes: 45 anos

  • Homens com mutação nos genes BRCA1/BRCA2: 40 anos

 

Como é o toque retal e para que serve?

O exame retal digital é um exame do reto. O médico insere um dedo lubrificado e enluvado na parte inferior do reto para sentir a próstata em busca de nódulos ou qualquer outra coisa que pareça incomum, como irregularidades, assimetria, áreas endurecidas, etc. Cerca de 20% dos tumores de próstata são detectados apenas no toque retal e por esse motivo deve ser realizado sempre, mesmo com PSA normal ou paciente sem sintomas.

 

O que é o antígeno prostático específico (PSA)?

O PSA é um teste que mede o nível dessa proteína no sangue. O PSA é uma substância produzida principalmente pela próstata que pode ser encontrada em maior quantidade no sangue de homens que têm câncer de próstata. O nível de PSA também pode ser alto em homens que têm uma infecção ou inflamação da próstata ou hiperplasia prostática benigna (HPB; uma próstata aumentada, mas não cancerosa).

 

Um teste de PSA ou um toque retal podem ser capazes de detectar o câncer de próstata em um estágio inicial, uma fase em que a chance de cura é maior.

 

Como prevenir o cancer de prostata? 

Evitar fatores de risco de câncer pode ajudar a prevenir certos tipos de câncer. Os fatores de risco incluem fumar, estar acima do peso e não fazer exercícios suficientes. Aumentar os fatores de proteção, como parar de fumar e fazer exercícios, também pode ajudar a prevenir alguns tipos de câncer. Converse com seu médico ou outro profissional de saúde sobre como você pode diminuir o risco de câncer.

 

Como é feito o diagnóstico de câncer de próstata?

Uma vez que o exame físico da próstata ou o PSA tenham vindo alterados e o urologista esteja suspeitando da presença do tumor, uma biópsia de próstata pode ser realizada para confirmação diagnóstica. Vale lembrar que o PSA é um marcador não especifico para câncer de próstata, pois na verdade ele é um medidor de atividade metabólica da glândula, estando elevado em diversas condições, como hiperplasia da próstata, prostatite e o próprio câncer de próstata. Em muitas situações, a ressonância magnética da próstata é útil na avaliação e identificação de área suspeita de tumor, sendo indicada tanto previamente à biópsia, auxiliando na localização do ponto a ser biopsiado (biópsia por fusão), quanto na fase pré-operatória auxiliando o urologista na sua programação cirúrgica.

 

Como é feita e quais são os riscos da biópsia de próstata?

A biopsia de próstata é o método de escolha para a confirmação do diagnóstico de câncer de próstata. Com o paciente sedado, o probe do aparelho de ultrassonografia é introduzido pelo ânus (transrretal) e a próstata é localizada. Existem atualmente outra opção de acesso a próstata para a realização da biópsia, como a via transperineal, que traz vantagens como melhor amostragem da próstata, acesso a porção anterior da glândula e risco quase zero de infecção. A biópsia também pode ser realizada com mais precisão através da tecnologia de fusão de imagens da ultrassonografia e da ressonância (o que chamamos de biópsia por fusão), aumentando a acurácia do procedimento. 

Os principais riscos associados a biópsia são:

  • Infecção: O uso de antibiótico profilático e, mais recentemente, a utilização da via de acesso transperineal tem diminuído o risco de infecção pós-biópsia

  • Sangramento urinário ou sangramento ao ejacular (autolimitado)

  • Sangramento retal (autolimitado)

 

Se o câncer for encontrado, o patologista dará uma nota ao câncer. O grau do câncer descreve o quão anormal as células cancerosas parecem ao microscópio e a rapidez com que o câncer provavelmente crescerá e se espalhará. O grau do câncer é chamado de pontuação de Gleason.

 

Para dar uma classificação ao câncer, o patologista verifica as amostras de tecido prostático para ver o quanto o tecido tumoral é semelhante ao tecido prostático normal e para encontrar os dois principais padrões celulares. O padrão primário descreve o padrão de tecido mais comum e o padrão secundário descreve o próximo padrão mais comum. Cada padrão recebe uma nota de 3 a 5, sendo o grau 3 o mais parecido com o tecido prostático normal e o grau 5 o mais anormal. As duas notas são então adicionadas para obter uma pontuação de Gleason.

 

A pontuação de Gleason pode variar de 6 a 10. Quanto maior a pontuação de Gleason, maior a probabilidade de o câncer crescer e se espalhar rapidamente. Uma pontuação de Gleason de 6 é um câncer de baixo grau; uma pontuação de 7 é um câncer de grau médio; e uma pontuação de 8, 9 ou 10 é um câncer de alto grau.

 

Quais são os estágios do câncer de próstata?

Esta doença tem a particularidade de ter o comportamento muito heterogêneo. Tumores em estágio precoce podem não necessitar de um tratamento específico, podendo ser apenas acompanhados (vigilância ativa), enquanto outros subtipos necessitam de tratamento imediato. Para estimativa da agressividade do tumor, leva-se em conta diversos fatores:

  • Nota atribuída ao tumor pelo patologista (escore de Gleason): varia de 6 a 10, sendo tumores com nota 6 de comportamento mais indolente, enquanto tumores com escores 8 ou mais são considerados agressivos e de alto risco

  • Valor do PSA: Quanto maior o PSA maior o risco de um tumor agressivo

  • Característica do tumor na ressonância e no exame físico

Considerando todos estes parâmetros, será discutido a melhor forma de tratamento para cada tumor específico. O tratamento deve ser sempre individualizado, considerando as doenças de base do paciente.

Tratamentos

O tratamento da doença localizada é altamente resolutivo e curativo. Mesmo assim, tumores de crescimento lento e indolentes podem não necessitar de um tratamento específico de imediato e serem seguidos rotineiramente. A seguir explicaremos as diferentes opções de manejo:

  • Vigilância ativa: seguimento do tumor de forma cuidadosa e regular, com o objetivo de identificar qualquer sinal de progressão ou crescimento tumoral que necessite de tratamento. Esta opção envolve a possibilidade de realização de biópsias repetidas, avaliações genéticas que visam determinar a probabilidade de evolução do tumor (Oncotype®), ressonâncias magnéticas seriadas e a dosagem de PSA em intervalos de tempo pré-estabelecidos. O benefício é, quando possível e seguro, evitar uma abordagem cirúrgica e suas potenciais complicações. Em contrapartida, há riscos calculados de crescimento do tumor e perda da oportunidade de tratamento em sua forma inicial.

  • Prostatectomia radical: é uma opção de tratamento altamente curativa e que pode ser feita de forma minimamente invasiva com auxílio do robô. A Prostatectomia radical robótica apresenta o benefício de menor sangramento, menor dor no pós-operatório, cicatrizes menores, menor tempo de internação, recuperação mais rápida, além de melhorar o desfecho oncológico e funcional em mãos experientes. Em nossa prática, concentramos a nossa atividade nesta modalidade de tratamento.

  • Radioterapia: o conceito de radioterapia é baseado na destruição do tumor por meio da emissão de radiação ionizante direcionada ao local acometido e aos tecidos ao redor. O tratamento envolve de 30 a 40 sessões diárias. Nem todos os pacientes podem ser submetidos à radioterapia, aqueles com dificuldades miccionais devido ao aumento do tamanho prostático, por exemplo, podem piorar seus sintomas com este tratamento. As principais complicações são inflamação do reto (retite actínica) e da bexiga (cistite actiníca) levando a sangramento retal ou urinário, sintomas miccionais (urgência e incontinência), dor pélvica e risco de neoplasia secundária à radiação.

  • Terapia sistêmica ou hormonal: recomendada quando o tumor ultrapassou os limites da próstata e acometeu órgãos vizinhos ou à distância (metástases). Pode ser feita com quimioterapia, bloqueio hormonal da testosterona ou imunoterapia.

 

Quais são os efeitos colaterais do tratamento do câncer de próstata?

Ambas as formas de tratamento Radioterapia ou Prostatectomia radical podem levar a incontinência urinária ou impotência sexual. Os riscos são comparáveis entre os métodos. Contudo, na Prostatectomia radical os sintomas são mais importantes logo após a cirurgia e tendem a melhorar ao longo do tempo, enquanto que na radioterapia os sintomas vão gradualmente piorando. É importante ressaltar que, em mãos experientes e com o uso da técnica robótica, o risco de incontinência ou disfunção erétil é bastante minimizado.

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